Lei da conservação da massa (Lei de LEVOISIER)

"Na natureza nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma" ANTOINE LAURENT LAVOISIER (1743 - 1794)

A expressão que o Sr. Herbert Spencer emprega "a persistência do mais apto", é a mais exata e algumas vezes mais cômoda. A Origem das Espécies - Charles Darwin ( 1809 - 1882)

“Nada em biologia faz sentido senão sob a luz da evolução”. Theodosius Dobzhansky (1900- 1975)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Deriva continental. Tectônicas de Placas


Prof. Cláudio J. Barros - UFPR

       Não existe dúvida de que a maior contribuição para a Biogeografia Moderna foi à aplicação da Teoria Tectônica de Placas. Com ela, houve a possibilidade de explicações sobre a distribuição de muitos táxons disjuntos, que até então, não passavam de mera especulação e de teorias, que, para algumas hoje parecem absurdas, tais como, as das “Pontes Continentais”, durante o período Pré-Darwianiano e Darwianiano.
     Mas, o que é a Deriva Continental? Uma explicação simples da teoria da Deriva Continental, hoje conhecida como Teoria Tectônica de Placas, é: os continentes se deslocaram e deslocam através da superfície do globo terrestre sobre o manto superior. Pelo deslocamento destas placas, a posição atual dos continentes ou porções de continentes, não corresponde as suas posições no passado e não corresponderão as suas posições no futuro.
       As idéias sobre a movimentação dos continentes começam no século passado, quando Snider em 1858 publicou um mapa unindo os continentes, Africano e da América do Sul, conforme relata Brown & Gibson (1983) e Salgado-Labouriau (1994). Brown & Gibson (1983) relatam que em 1910, o geólogo americano Taylor publicou uma teoria sobre a formação das cadeias de montanhas relacionando-a com a movimentação dos continentes. Em 1915, Alfred Wegener, meteorologista alemão, publicou suas idéias sobre a Deriva Continental.
        De acordo com Brown & Gibson (1983) e Salgado-Labouriau (1994), Wegener baseou sua teoria na justaposição dos continentes, magnetismo, paleoclimas e evidências fósseis.  A teoria de Wegener sintetizava evidências de muitas disciplinas como a geologia, geofísica, paleoclimatologia, paleontologia e biogeografia.
       Brown & Gibson (1983) sumarizam seis conclusões de Wegener, as quais, segundo eles, não sofreram alterações em suas essências, que são:
1. As rochas continentais são fundamentalmente diferentes, menos densas, mais finas e menos altamente magnetizadas daquelas do fundo do mar. Os blocos mais leves dos continentes bóiam em uma camada viscosa do manto;
2. Os continentes estavam unidos em um único supercontinente, o Pangea que, dividiu-se em placas menores que se moveram, flutuando no manto superior. A quebra do Pangea começou no Mesozóico, mas a América do Norte ainda ficou conectada com a Europa até o Terciário ou ainda até o Quaternário;
3. A quebra do Pangea começou em um vale que gradualmente alargando-se em um oceano. Distribuição dos maiores terremotos e regiões de vulcanismo ativo e elevação de montanhas estão relacionados com os movimentos destas placas da crosta terrestre;
4. Os blocos continentais mantêm ainda seus limites iniciais, exceto, nas regiões de elevação de montanhas, de tal maneira que se fossem unidos haveria similaridades em relação a estratigrafia, fósseis, paleoclimas, etc. Estes padrões são inconsistentes com qualquer explicação que assuma a posição fixa dos continentes e oceanos;
5. Estimativas da velocidade de movimentação de certos continentes estão em torno de 0,3 a 36 m/ano e mostra que a Groenlândia separou-se da Europa a apenas 50.000 a 100.000 anos atrás;
6. O aquecimento radioativo do manto pode ser a causa primária para a movimentação gradual dos blocos, mas outras forças podem estar envolvidas; 
            
         Algumas evidências da Deriva Continental.  
1- Cristas Mesoceânicas ou Dorsais oceânicas.
2- Paleomagnetismo, com orientação para os pólos e paralelas nos dois lados das dorsais.
3- Falha de San Andreas na Califórnia.
4- Rift Valley na Costa Leste Africana
5- Mesosaurus na América do Sul e África
6- Flora de Glossopteris (América do Sul, África, Índia, Austrália, Antártida).
7- Flora Conífera (climas tropicais) Leste da América do Norte e Oeste da Europa.
8- Flora de Archaeopteris (Rússia, Irlanda, Canadá e Estados Unidos). 

Sintese do trabalho realizado pelo professor Claudio Barros, Deriva Continental. Tectonicas de Placas.
Todos os direitos reservados a C. J. BARROS.

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