Lei da conservação da massa (Lei de LEVOISIER)

"Na natureza nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma" ANTOINE LAURENT LAVOISIER (1743 - 1794)

A expressão que o Sr. Herbert Spencer emprega "a persistência do mais apto", é a mais exata e algumas vezes mais cômoda. A Origem das Espécies - Charles Darwin ( 1809 - 1882)

“Nada em biologia faz sentido senão sob a luz da evolução”. Theodosius Dobzhansky (1900- 1975)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

CÂNCER


    O câncer é uma das doenças mais importantes que afeta a população humana, devido à alta freqüência de ocorrência na medicina, podendo ser fatal, mesmo com tratamento. O câncer é um distúrbio genético no qual o controle da proliferação celular está perdido. O mecanismo básico em todos os cânceres é a mutação, seja na linhagem germinativa ou, com muita mais freqüência, nas células somáticas (THOMPSON & THOMPSON, 2001).
   Um grande número de teorias foi proposto para explicar o câncer, hoje reconhecemos que a maioria, senão todas surgem por defeitos no DNA. Quanto maior a alteração no DNA, mais a mutação afeta seus portadores, e maior será a probabilidade de desenvolvimento de câncer. Muitas trocas mutacionais serão para pior e terão coeficientes negativos (RIDLEY, 2006).        
   Em resposta a um conjunto complexo de sinais internos e externos, células  normais crescem, se dividem, amadurecem e morrem. Células normais recebem sinais estimulatórios como inibidores, e seu crescimento e divisão são regulados por um equilibrio. Nas células cancerosas os sinais são pertubados, oque faz com que uma célula prolifere a uma taxa anorrmalmente alta. A medida que perdem sua resposta aos controles normais, as células cancerosas gradualmente perdem sua forma regular e limites, dando origem a uma massa distinta de células anormais (PIERCE, 2004). 
    Esse controle genético é exercido por duas classes de genes especificos, os proto-congenes, que controlam o crescimento celular e a diferenciação do organismo, podendo inclusive transformar-se em oncogenes, que são genes dominantes no nível que codifica proteína estimuladora do crescimento. E os anticongenes ou genes de supressão tumoral que regulam o crescimento anormal, inibindo-o. Alterações nessas duas classes de genes explicam a proliferação desordenada vista nos cânceres humanos (BORGES M. R. & ROBINSON W. M. 2011).    
   O câncer não é uma doença única, mas sim um nome para descrever as formas mais virulentas de neoplasia, um processo de doença caracterizada por uma proliferação celular desordenada, que leva a uma massa ou tumor. Para um neoplasma ser um câncer, entretanto, ele tem que adicionalmente ser maligno, o que significa que seu crescimento não é mais controlado e o tumor é capaz de invadir os tecidos vizinho ou se espalhar para sítios mais distantes, ou ambos. Existem três formas principais de câncer, os sarcomas nos quais o tumor surgiu em tecidos mesenquimal, os carcinoma que se originam no tecido epitelial, e as hematopoéticas e linfóides que se espalham pela medula óssea, pelo sistema linfático e pelo sangue (THOMPSON & THOMPSON, 2001).       
  Os cânceres podem ser hereditários, alguns tipos especificos tedem a ocorrer em família. O retinoblastoma por exemplo, é um câncer infantil raro da retina, aparece  com alta frequência em algumas famílias e é herdado como uma caracteristica autossômica dominante, oque sugere um único gene responsável pela doença, porém apenas 20% dos casos de câncer são genéticamente herdados, enquanto a grande maioria 80% ocorre devido influência ambiental. (BORGES M. R. & ROBINSON W. M. 2011).  
   O Câncer é uma doença genética. As mutações em vários genes são geralmente necessárias para produzir câncer. Se uma dessas mutações é herdada, menos mutações somaticas são necessarias para que o câncer se desenvolva, e a pessoa pode ter uma predisposição ao câncer. Embora o Câncer seja fundamentalmente uma doença genética, a maioria dos cânceres não é herdada, a maioria dos canceres e influênciado por fatores ambientais ou fatores de risco (PIERCE, 2004).  
   O desenvolvimento de células cancerígenas pode ocorrer tanto por fatores hereditários quanto ambientais. O câncer é uma doença genética, mas não há contradição em considerar o papel do ambiente na carcinogênese. Os agentes ambientais podem ser químicos, físicos e biológicos. Atuam como mutágenos que causam mutações somáticas que por sua vez, são responsáveis pela carcinogênese. (THOMPSON & THOMPSON, 2001).
  O termo “risco” refere-se à probabilidade de um evento indesejado ocorrer, utilizado para definir a probabilidade de que indivíduos sem certa doença, mas expostos a determinados fatores, adquiram esta moléstia. Constituem-se em fatores de risco de natureza ambiental o Tabagismo, os Hábitos Alimentares, a Radiação, o Alcoolismo, Medicamentos, Hábitos Sexuais e fatores Ocupacionais.
  Entende-se por ambiente o meio em geral, o ambiente ocupacional, o ambiente de consumo, e o ambiente social e cultural. Conhecer o perfil epidemiológico dessa doença em uma determinada região é fundamental para futuras implantações de centro de prevenção e tratamento dos casos de câncer, bem como apontar possíveis fatores de risco relacionados à ocorrência de novos casos. Vigilância epidemiológica é o conjunto de atividades que proporciona as ações para conhecer, detectar ou prever qualquer mudança que possa ocorrer nos fatores condicionantes nos processos saúde-doença com finalidade de reconhecer as medidas indicadas que levem a prevenção e controle das doenças. Entendemos a saúde e a doença como processos tanto individuais como coletivos, que se desenvolvem dentro de um núcleo biológico afetado pelos processos sociais, que por sua vez são dimensões da realidade com passado e futuro.   (QUEVEDO, 1990).

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

HEART - BARRACUDA


     Heart é uma banda americana de rock composta por duas irmãs, ícones do Hard Rock, Ann e Nancy Wilson.
Tendo tido diversas mudanças na sua formação, os únicos membros constantes do grupo são irmãs Ann e Nancy Wilson. O grupo ficou famoso nos anos 70 com a sua música fortemente influenciada por grupos de hard rock, como Led Zeppelin, assim como com o estilo de música folk.
     A banda vendeu cerca de 35 milhões de discos no mundo inteiro (cerca de 18 milhões de cópias só nos EUA) e emplacou 8 singles no Top 10 estadunidense. Algumas das músicas de maior sucesso foram as baladas "Alone, "What About Love", "Barracuda", "Crazy on You" e "These Dreams" (#1 na Billboard Hot 100).

      Em 2007, a música Barracuda esteve presente no jogo Guitar Hero III: Legends of Rock. A música Crazy On You esteve no jogo Guitar Hero 2. A música Barracuda esteve no GTA San Andreas. 
     
         DISCOGRAFIA

ATOMO

Principios para a compreensão da  teoria atomica

   Para enterder a quimica utilizada no dia-a-dia que é o chamado meio macroscópio, buscamos explicações do meio microscópico. Partimos de partes muito pequenas para explicar um conjunto muito maior. E dentro dessas partes muito pequenas é importante conhecer o conceito de atomo.
   Etimologicamente, a palavra átomo deriva do Grego atomos que significa indivisível. Enquanto a ciência, nomeadamente a física moderna, retomou o antigo conceito de átomo para designar os elementos básicos que constituem a estrutura molecular da matéria, a filosofia atribui ao átomo o significado de elemento material primitivo e cujas diversas combinações formam as coisas e os seres. 

   Atomo seria a menor porção da matéria para começo de estudo da matéria.
Atomo era a menor porção da matéria na teoria de John Dalton: Os atomos são esferas rigidas e indivisivéis.
Thonsom: Os átomos são esferas de carga positiva, possuindo eletrons anexos.
Rutherford: Divide o atomo em duas partes bem distintas, nucleo e eletrosfera.

   O estudo da matéria parte do principio que a menor porção da matéria não é o atomo e sim a divisão do mesmo em subparticulas atômicas. O estudo começa a partir da carga dessas particulas chamadas de fundamentais da matéria.
   Para entender como as partuculas podem formar os átomos, os átomos se juntam para formar moléculas e moléculas geram substâncias é presciso enterder preimeiro a diferença básica entre um átomo e um ÌON.

http://blog.uniararas.br/processos_quimicos/?p=24

NÚCLEO: PROTONS (P) + NEUTRONS (N)
ELETROSFERA:ELETRONS (e-)

Exemplo hipotético:
massa        1     1     O
particula     P     N     e-
carga         1     0    -1


ATOMO: P = e-     
ÍON: P =/= e-  
CATION: P > e-        X = -2e- = X2+
ÂNION: p < e-          Y = 1e- = Y-


   Identificamos CATION de ÂNION com a carga.

   Se ele perdeu 2 eletrons agora ele tem duas cargas positivas a mais, identifica-se isso como cation divalente de atomo X, representação X2+.
Se o átomo Y ganha um eletron + 1e- ele se transforma em um anion com uma carga negativa a mais, seu nome passa a ser anion monovalente do atomo Y.

    Na natureza átomos buscam a estabilidade doando ou recebendo eletróns, a relação entre os atomos constitui a matéria. A matéria existe porque os padrões de probabilidades são difícéis de serem compreimidos. Uma particula é um conjunto de relações que estendem para se conectar a outras  coisas.
    Probabilidade de conexões. A natureza essencial da matéria não esta nos objetovos, mas nas conexões, as relações formam a matéria.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Introdução a Ciência da Química

   Química é a ciência que estda a composição e propriedades da matéria, ou seja, sua transformação e variação de energia.
MATÉRIA: Matéria é tudo que ocupa lugar no espaço e possui massa. É constituida por particulas elementares, o atomo.
ENERGIA: Execução de trabalho e as modificações que esta ocasiona na matéria.
    A química é uma ramificação da ciência, conteúdo integrado a ciência da natureza.
   A ciência é uma só, pois a natureza é apenas uma. Sendo assim as idéias da física complemantam as idéias da química, da paleontologia, botânica e assim por diante. Embora a ciência seja dividida em áreas para facilitar o estudo, ela ainda continua sendo apenas uma.

 Imagem: http://www.sosquimica.com.br/
  Nesse primeiro momento vou trabalhar com a terminologia Ciência.

  A palavra ciência deriva do Latin "SCINTIA", seu significado etiologico é CONHECIMENTO.
    
  A ciência nasceu com uma tentativa de explicar os questionamento humanos, busca resposta para perguntas: 
Do que o mundo é feito? 
O que a la fora?
Qual é o segredo da vida?
Como chegamos até aqui?

   O homem prescisa satisfazer sua coriosidade. A busca pela verdade se torna uma ocupação, inspirando trabalhos de vidas inteira como Gregor Mendel em seu estudo com a hereditariedade, ou Charles Darwin abordo do navio Beagle para entender o mecanismos que regem as conformações estruturais.
    A química é um estudo Empirico. Em outro sentido a palavra empirismo pode ser usada na ciência como sinônimo de experimental. A ciência é experimental e toda evidênci deve ser impirica, isto é, depende da comprovação feita pelos nossos sentidos, considerando um conjunto de evidência e fatos.
    As evidências de que dinossauros existiram são os registros fósseis, fósseis são vestigios da existência de seres vivos extinto em época remota, teve algumas caracteristica preservadas ao longo do tempo.
    A ciência natural se esforça em identificar os fenômenos no meio, os elementos físicos envolvidos nestes  fenômenos, suas relaçõesde causualidade, e por fim os mecanismos através dos quais a causalidade se estabelece.
    A ciência tenta descrever o objeto e procura dizer qal sua origem, mas não é capaz de impor uma verdade absoluta, o que é impossivel de se fazer por razões naturais.
    A química é uma ciência experimental estando relacionada com o desenvolvimento humano em sua busca para entender e explicar os fenômenos naturais. Logo sem os conhecimento da química seria impossivel viver. Por meio da observação é experimentação é possivel não só compreender o mundo que nos cerca mas também a nós mesmos. A ciência Natural é uma produção humana e apresenta importantes informações sobre o ambiente, nos quais construimos equipamentos. De longe o conhecimento é uma ferramenta indispensável para o progresso pois modificamos o ambiente de acordo com nossas necessidades. Seu conhecimento é aplicado na agricultura para correção do solo, na medicina para manipulação de medicamentos, nas usinas nucleares para obtenção de energia entre outras infinidades de aplicações.
    Para isso foi necessário abandonar a forma de pensar baseado em mitos e dogmas para dar lugar a uma nova formna de pensar, o naturalismo e ceticismo. Cético é a doutrina que afirma que não se pode obter nenhuma certeza absoluta a respeito da verdade. Oque implica numa condição intelectual de questionamento permanente e na inadmisão da existência de fenômenos mtafísico, religioso e dogmatico.

Palavras chaves parea estudo da história da química
* Aristóteles - Fogo, agua, ar, terra;
* Pré-história - homem primitivo - fogo - combustão - emissão de luz - calor;
* Idade média - idade dos metais - fundir ferro;
* Alquimia - pedra filosofal - Elichir da longa vida;
* Periodo da cerâmica - porcelana - china;
* Dmitri Ivanovichi -  classificação dos elementos;
* teorias atomicas - Dalton - Thomsom - Rutherford - Dohr;
* Acelerador de particulas - LHC;

ALTERAÇÃO GÊNICA DEVIDO AO TABAGISMO OCASIONA SELEÇÃO NEGATIVA A ESPÉCIE HUMANA

          Atualmente o homem não tem somente a finalidade de uma reprodução física, mas uma satisfação de necessidade socialmente fabricada, a concepção é gerada neste contexto histórico, influenciando países de diferentes orientações políticas e ideológicas. Tais conceitos se expandem a nível cultural e passam a fazer parte da conduta, entre outros fatores o consumo de tabaco passa a fazer parte do estilo de vida de grande parte da população ocasionando toda uma problemática e suas ramificações. O consumo de tabaco é atualmente responsável por cerca de cinco milhões de mortes anuais, constituindo a primeira causa de morbidade e de mortalidade evitáveis nos países desenvolvidos. Se não forem instituídas medidas efetivas de prevenção e de controle, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2030, morrerão anualmente cerca de 10 milhões de pessoas. A indústria do fumo será reconhecida no futuro, como a maior atentado à saúde pública em toda a história da humanidade (CAPOZZOLI, 2003).   
           O tabagismo é o ato de consumir produtos que contenham tabaco, cujo principio ativo é a nicotina. A OMS afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatida. A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas, atuando sobre os mais diversos sistemas e órgãos, contém mais de 60 cancerígenos (CAPOZZOLI, 2003).
           Seu consumo tem efeitos devastadores na saúde e na longevidade, tabagismo causa alterações genéticas depois da inalação da fumaça. Um estudo publicado na revista "Chemical Research in Toxicology" detalha como a fumaça do cigarro é altamente lesivo para as células, tornando as degeneradas, modificadas em muitos casos estranhas para o organismo, “marca registrada” de células envelhecidas. Os cientistas seguiram o caminho dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, substâncias cancerígenas do cigarro, em 12 voluntários. Eles descobriram que a substância forma um composto tóxico no sangue, que causa mutações celulares, degeneração dos tecidos, principalmente por afetar o DNA, modificando as informações genéticas e provocando desorganização celular. Isso pode levar ao câncer, afirmam os pesquisadores. Até agora, os cientistas ainda não conheciam o modo específico em como os hidrocarbonetos, presentes no fumo, danificam o DNA nos seres humanos. A pesquisa foi feita com um dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), o fenantreno. Os pesquisadores verificaram a formação imediata, no sangue, de uma substância tóxica, capaz de causar mutações no DNA, atingindo o nível máximo no organismo dos fumadores apenas 15 a 30 minutos depois de terminarem de fumar. Para Stephen S. Hecht, um dos responsáveis pela pesquisa, os resultados obtidos constituem um sério aviso para aqueles que estão tentados a começar a fumar (STEVEN et. al. 2010).
          A biologia molecular permite identificar biomarcadores da exposição a substâncias cancerígenas, bem como a dose, a susceptibilidade e a resposta a essa exposição em materiais biológicos, tecidos e células, sangue, saliva e urina.  A investigação experimental permite evidenciar, por exemplo, que a exposição aos hidrocarbonetos aromáticos policiclícos, um dos carcinogênicos existentes no fumo, atuar sobre o DNA, levando à formação de dutos, que podem levar a mutações. A idade de início do consumo parece estar relacionada com o número de dutos de DNA em circulação. No entanto, estas mutações podem ocorrer independentemente da intensidade e do tempo de exposição, sustentando, assim, o princípio de que não há níveis seguros de exposição. As alterações genéticas associadas ao consumo de tabaco são um dos campos em contínua investigação. O gene supressor de tumores tem sido bastante estudado, parecendo haver um padrão de mutação específica deste gene nos fumadores e no papel das variações individuais no processo de reparação do DNA (Brown, 2009).
         Modificação ou alteração brusca de genes ou de cromossomos pode provocar uma variação hereditária ou uma mudança no fenótipo. As mutações ou alterações gênicas podem produzir uma característica favorável num dado ambiente e desfavorável em outro. A ciência avançou no campo das descobertas de alterações genéticas ligadas a doenças, existe uma importância em reconhecer os agentes mutagênicos.  Alteração gênica devido ao tabaco ocasiona mutações deletérias nos seres humanos, existem várias doenças provocadas pelas alterações genéticas, muitas delas cromossômicas e outras gênicas. As alterações genéticas podem geralmente resultar de transmissão hereditária, quando um dos pais é portador no seu código gênico do gene causador da desordem, ou seja, uma mutação de linhagem germinativa, ou ainda devido a anomalias nos cromossomos. Todas as alterações genéticas resultam da cópia, perda, substituição ou duplicação de informações genéticas já existentes (BROWN, 2009).  
         Agentes do cigarro teriam particular importância nas alterações estruturais, uma vez que eles induzem quebras cromossômicas. O desenvolvimento de doenças deletérias desenvolve devido a uma variabilidade genética que existe entre os indivíduos nas enzimas reparadoras do DNA. O conjunto de genes deletérios de um indivíduo ou de uma população é chamado de carga genética, e o conjunto de genes, uns melhores, outros piores, constitui a variabilidade genética populacional. Mutações geram variações no conjunto de genes da população, sendo desfavoráveis, podem ter sua freqüência reduzida na população por meio da seleção natural (GARDNER, 1987).
         É comum pessoas fumantes participarem de grupos com outros membros fumantes, a união dos casais é estabelecida pelo mesmo critério, em casais fumantes existe uma enorme preocupação com a reprodução. Os efeitos do cigarro sobre as células germinativas são os mais importantes, na medida em que nos interessamos pela transmissão das mutações à futura prole, elas são transmitidas para todas as células dos descendentes, e afetam as gerações futuras. Tais mutações são denominadas “mutações germinativas”, e são a causa de doenças hereditárias. Quanto maior a alteração no DNA, mais a mutação afeta seus portadores, e maior será a probabilidade de ela ser deletéria. A seleção natural não cria genótipos bons, ela atua sobre os genótipos existentes na população e, eventualmente, em algumas gerações devido ao tabagismo é possível a existência de apenas genótipos ruins e péssimos. Muitas trocas mutacionais serão para pior e terão coeficientes de seleção negativos, a adaptação é um estado improvável da natureza (RIDLEY, 2006).
        O consumo de tabaco tem efeitos antiestrogênicos, pode estar associado a irregularidades e perturbação menstruais e a ciclos anovulatórios. Fumar prejudica quase todos os aspectos da saúde sexual, reprodutiva e dos bebês, fumar durante a gravidez constitui um grave risco, quer para a mãe, quer para o feto. Existe evidência suficiente de que o consumo de tabaco durante a gravidez é causa de atraso de crescimento intra-uterino, de baixo-peso ao nascer, de ruptura precoce das membranas, de placenta prévia, de descolamento da placenta e de gravidez de prétermo. Há evidência sugestiva da associação com um ligeiro aumento do risco de aborto espontâneo. As mulheres fumadoras têm uma menor probabilidade de amamentarem, ou de amamentarem por períodos mais curtos. O risco de mortalidade pré-natal e de morte súbita do lactente é mais elevado nos filhos de grávidas e mães fumadoras. As mulheres que deixam de fumar antes ou durante a gravidez reduzem os riscos associados ao consumo de tabaco (Nunes, 2006). 
        Estudo revela que o tabagismo materno durante a gravidez reduz drasticamente o número de células germinativas, que formam óvulos e espermatozóides, e de células somáticas, que formam todas as outras partes do corpo do feto em desenvolvimento. Segundo, Andersen (2010), estas interferências na formação celular podem ter um efeito adverso sobre a fertilidade do bebê na vida adulta. A equipe dinamarquesa descobriu que o número de células germinativas teve uma redução de 55% nos embriões de mães que fumaram, em comparação com os de mães não fumantes. O número de células somáticas encontrado também foi bem menor nas mães fumantes, cerca de 37% a menos. Os pesquisadores constataram que as células germinais são mais suscetíveis aos danos causados pelo tabagismo do que as células somáticas. O primeiro trimestre é o momento crucial da gestação, quando os órgãos genitais do embrião em desenvolvimento estão se diferenciando para formar testículos ou ovários. “Como as células germinativas de embriões formarão os espermatozóides e os óvulos, no futuro, é possível que o efeito negativo sobre o número de células germinativas, causadas pelo tabagismo materno, durante a gravidez, possa influenciar a fertilidade futura da prole” (Andersen, 2010).
         O fumo é responsável também por até cinco mil abortos por ano. O aborto espontâneo atua, assim, como agente seletivo, eliminando as mutações cromossômicas mais graves, quando todos os indivíduos de uma geração morrem, sem deixar descendentes, a população é extinta. Charles Darwin (1859) escreveu em sua obra Origem das Espécies “quero salientar que emprego a expressão luta pela existência em sentido amplo e metafórico, incluindo nesse conceito a idéia de interdependência dos seres vivos, e também, o que é mais importante, não somente a vida de um indivíduo, mas sua capacidade e êxito em deixar descendentes (Darwin, 1859).
        Segundo Sene (2009), as mudanças das freqüências das características genéticas, em cada geração, decorre da atuação dos fatores evolutivos sobre os indivíduos, aumentando ou diminuindo sua capacidade reprodutiva. A diferenciação da população decorrente de mudança da freqüência das características genéticas, ao longo das gerações, resulta na evolução da população. A seleção natural molda as populações às condições ambientais através de um processo de eliminação das variáveis (mutações) não adaptadas e favorecimento das variáveis que aumentam a adaptação dos indivíduos ao ambiente. O ciclo de vida de todos os organismos envolve o nascimento e a morte. A vida, em decorrência da reprodução, continua depois da morte do individuo, nos seus descendentes, ao longo das gerações. Se um individuo morre, sem ter deixado descendentes, nele se interrompe uma das linhas ancestral/descendentes que vinha se mantendo desde a origem da vida (Sene, 2009).
        O futuro biológico da humanidade tem sido uma questão muito constante. Ao longo de milhões de anos decorrentes do processo evolutivo humano, o homem modificou o ambiente de acordo com suas necessidades fazendo com que a seleção natural afetasse de modo sutil. Assim, os indivíduos ou populações que poderiam ser eliminadas por deficiências biológicas acabaram sobrevivendo pela capacidade de contorná-las. Porém, a insuficiência da humanidade, que definida por sua organização social complexa, esta sendo refletida em seu estilo de vida, e sua deficiência no desenvolvimento cultural que também é definida pelo ambiente. Segundo Sene (2009), vale repetir que o conjunto de variáveis e independentes que determinam, a cada geração, o que acontecerá geneticamente com as populações, é de tal ordem, que é impossível prever. Porém com o nosso estilo de vida aliado aos hábitos tabagicos, é possível criar algumas projeções sobre o futuro drástico da epidemia moderna do tabaco que é pior do que qualquer outra.