Lei da conservação da massa (Lei de LEVOISIER)

"Na natureza nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma" ANTOINE LAURENT LAVOISIER (1743 - 1794)

A expressão que o Sr. Herbert Spencer emprega "a persistência do mais apto", é a mais exata e algumas vezes mais cômoda. A Origem das Espécies - Charles Darwin ( 1809 - 1882)

“Nada em biologia faz sentido senão sob a luz da evolução”. Theodosius Dobzhansky (1900- 1975)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Conceitos biogeográficos


TEXTO SINTETIZADO
Elementos
(revista trimestral)
Elementos No.41, Vol. 8, Março-Maio 2001
Raúl Contreras Medina.   
Isolda Luna Vega.  
Juan J. Morrone.

          As mudanças nos métodos são as mais poderosas armas do progresso. Encontrar um novo fato pode ser muito importante para a ciência, mas para desenvolver um novo método para interpretar acontecimentos mundiais do passado, presente e pelo menos em parte o futuro é ainda mais importante. As vantagens de um novo método são afirmadas com base na sua eficiência. Nunca houve um caso na história da ciência em que um método mais eficiente foi trocado por um menos eficiente (LEÓN CROIZAT, 1964: VII).
      A Biogeografia é a disciplina que estuda a distribuição dos seres vivos, tanto no tempo como no espaço, considerando também os processos que deram origem a esta distribuição. Basicamente, esta disciplina apresenta duas vertentes: a biogeografia histórica e biogeografia ecológica (Morrone et al., 1996).
       Dentro da biogeografia histórica existem três abordagens contemporâneas para explicar a distribuição dos seres vivos, ou seja, a dispersão, a Panbiogeografía e a biogeografia cladística. Destas a mais antiga é a biogeografia dispersalista, que é considerada oriunda das idéias de Darwin e Wallace em meados do século XIX (Morrone e Crisci, 1992). Esta abordagem trabalha com táxons individuais, o que significa que os organismos é que se dispersam em uma geografia estável. Em reação à biogeografia dispersalista em meados do século XX surge a Panbiogeografía, que foi originalmente proposta por Leon Croizat (1958).      Ele enfatizou a análise conjunta de diferentes espécies para procurar padrões comuns de distribuição, para evitar a análise de um único táxon como era tradicional. Isto porque organismos com diferentes capacidades de dispersão podem partilhar semelhanças em suas distribuições, qualquer distribuição de plantas em uma forma ou de outra tem sua contrapartida em animais (Craw et al., 1999). A partir da combinação de Panbiogeografía com a sistemática filogenética de Willi Hennig, surge a biogeografia cladística nos anos setenta (Espinosa e Llorente, 1993, Morrone et al., 1996). Apesar das diferenças entre as abordagens conceituais e metodológicas para a biogeografia dispersalista e Panbiogeografía, por vezes confundindo alguns de seus termos. Nosso objetivo é diferenciar e discutir alguns conceitos de ambas as escolas a partir de nossas experiências docentes com alunos dos cursos de biogeografia.

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