A evolução humana é um
processo recente na evolução dos seres vivos. Para compreender o comportamento
do Homo sapiens (LARTET, 1868), é
preciso realizar uma abordagem ecológica e evolucionista do gênero dando ênfase
a uma evolução biológica e desenvolvimento social resultando no estilo de vida
atual e suas problemáticas (BARRY & MOORE, 2005).
A principal evidência da evolução são
os registros fósseis, vestígios da existência de seres vivos extintos em épocas
remotas. Porém a classificação desses fósseis em espécies e gêneros é cercada
de muito debate pelos cientistas que apresentam hipóteses diferentes sobre o grau
de parentesco humano. Portanto apresento alguns primatas que sofrem menos
controvérsias. O Homo habilis
(RICHARD & LEAKEY, 1974) remonta a um período entre 2,5 e 1,6 milhões de
anos, na África. Homo erectus
(SARTONO, 1969), foram encontrados na África e Ásia datando cerca de 1,5
milhões de anos. Os primeiros fósseis do Homo
neandertal (KING, 1863), foram encontrados na Alemanha, Europa e Oriente
Médio, o gênero surgiu provavelmente há cerca de 200 mil anos. Os primeiros
fósseis de um ser humano, espécie sapiens
foi encontrado na França na região de
Cro-Magnon, com idade calculada em torno de 40 mil anos, sendo os primeiros a
apresentares indícios de cultura como enterros de mortos e pinturas em
cavernas. Os primeiros seres humanos conviveram com os neandertais em algumas regiões, entre 40 e 30 mil anos atrás
(LAURENCE, 2005).
Foi durante o Pleistoceno 1.650.000 há 10.000 anos, que
os indivíduos do gênero Homo estavam se dispersando pela Eurásia devido a diversas
inter-glaciações. Sendo nômades os primatas seguiam trilhas que os levaram acidentalmente
até a Eurásia. É evidente que se trata de uma história longa, por ondas
migratórias sucessivas a espécie foi se dispersando e evoluindo. Quando dizemos
que os erectus são ancestrais dos sapiens, não devemos nos esquecer de que
estamos falando de populações pequenas, com ampla distribuição geográfica,
fragmentada, com ou sem fluxo gênico entre elas por milhões de anos. Assim,
características biológicas e culturais podem ter evoluído de forma independente,
gerando linhas populacionais, como pode ter passado de uma população para outra
por hibridação e contato (SENE, 1999).
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